Maria Rezende é poeta, performer, montadora de cinema e televisão e celebrante de casamentos. Publicou  seis  livros: Substantivo Feminino (2003), Bendita Palavra (2008) e Carne do Umbigo (2015), a coletânea Hermanas (2019), em parceria com Amparo Sánchez, Brasa (2021), lançado em Portugal pela Edições Humus, e agora SIM (2023).  Seu trabalho foi incluído em antologias como "Poesia sempre", da Biblioteca Nacional, e "Naquela língua - antologia da novíssima poesia brasileira", lançada em Portugal em 2017. Em recitais e com seus espetáculos Carne do umbigo e Mulher Multidão já se apresentou em palcos de todo o Brasil e também em Portugal, Espanha e Argentina. 
 

                                                        


De olhar misterioso, pensamento plural e vísceras expostas, ela celebra improváveis casamentos: fossa e esperança, lirismo e dureza, tristeza e graça. Carioca de 1978, com vinte anos de vida literária, Maria tem uma comunicação direta com o público, através de suas apresentações ao vivo e da internet.

A palavra falada é um dos pilares de sua poesia. Aprendeu a dizer poemas aos 18 anos com a poeta e atriz Elisa Lucinda, e anos depois, em um recital sobre a obra de Fernando Pessoa, recebeu elogios de José Saramago por sua performance. Teve poemas publicados em veículos tão diversos como a revista Playboy e a revista Poesia Sempre, da Biblioteca Nacional, além da antologia Imagining Ourselves, do International Museum of Women de São Francisco. Seus primeiros livros foram lançados acompanhados de cds em que ela diz os poemas, e receberam elogios de nomes como Ferreira Gullar, Martha Medeiros e Manoel de Barros. "É poesia substantiva mesmo. A mulher inteira dentro das palavras. Poesia é fenômeno de linguagem do que de idéias. Isso você sabe. Sendo assim, você é poeta", elogiou o poeta matogrossense sobre seu livro de estreia. Já o escritor Marcelino Freire diz na orelha de Carne do Umbigo: "Tua poesia, mulher, me faz caminhar. Sem peso, sou depois dela, para a eternidade, um outro sujeito. Minha costela, meu esqueleto. Eu te mando meus ossos por completo. Toda vez que te ouço recitar teus versos. Eu fico bambo, bobo. Fico elétrico. Eu leio a tua voz em cada verbo, vértebra. Você deixa a minha alma aérea, além. Eu te mando meus calcanhares também, para você pisar. Fico de joelhos diante de tanta força. Esta tua poesia que não quer o pedestal. Não deseja aparecer. Chega simples, como tem de ser."
 

                                              


Longe de levantar qualquer bandeira, a poesia de Maria capta um inconsciente coletivo pulsante do feminino. Contemporâneo e cotidiano, seu trabalho é revelar as sutilezas do dia-a-dia - talvez mais as noites do que os dias. É a sofisticação literária que vem da simplicidade. Em seus onze anos de vida literária se apresentou com sua poesia por todo o Brasil e também em Portugal, arregimentando fãs como a cantora Ana Carolina, que escreveu a orelha de seu segundo livro e gravou um de seus poemas mais populares, "Adoro pau mole". 

Além de poeta, é montadora de cinema e televisão e tem no currículo 20 longas metragens com sucesso de público e crítica. Na televisão montou séries para o NETFLIX, GNT, Multishow, Canal Brasil e TV Brasil. 
Paralelamente à vida literária e cinematográfica, Maria criou mais uma profissão: a de celebrante de casamentos. A função, que ela já exerce informalmente há mais de dez anos, em casamentos de amigos, acabou virando trabalho, e hoje ela realiza cerimônias personalizadas e cheias de poesia, desde o "estamos aqui reunidos" até o "pode beijar a noiva”. Para saber mais: casarcompoesia.com